Boa Noite, queridos!
Estamos nos aproximando da
quaresma e é momento de intensificarmos nosso jejum, nossas orações e nossas
obras de caridade. Peçamos a presença do Espírito Santo para iluminar a nossa
terceira semana de reflexão Quaresmal:
Vinde Espírito Santo, enchei os
corações dos vosso fiéis
E acendei neles o fogo do Vosso
amor.
Enviai o Vosso Espírito e tudo
será criado, e renovareis a face da terra.
OREMOS:
Deus, que instruístes os corações
dos vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo,
Fazei que apreciemos retamente
todas as coisa, segundo o mesmo Espírito,
E gozemos sempre da Sua
consolação, por Cristo Senhor Nosso. Amém!
2. «Uns aos outros»: o dom da
reciprocidade.
O facto de
sermos o «guarda» dos outros contrasta com uma mentalidade que, reduzindo a
vida unicamente à dimensão terrena, deixa de a considerar na sua perspectiva
escatológica e aceita qualquer opção moral em nome da liberdade individual. Uma
sociedade como a atual pode tornar-se surda quer aos sofrimentos físicos, quer
às exigências espirituais e morais da vida. Não deve ser assim na comunidade
cristã! O apóstolo Paulo convida a procurar o que «leva à paz e à edificação
mútua» (Rm 14, 19), favorecendo o «próximo no bem, em ordem à construção da
comunidade» (Rm 15, 2), sem buscar «o próprio interesse, mas o do maior número,
a fim de que eles sejam salvos» (1 Cor 10, 33). Esta recíproca correção e
exortação, em espírito de humildade e de amor, deve fazer parte da vida da
comunidade cristã.
Os discípulos
do Senhor, unidos a Cristo através da Eucaristia, vivem numa comunhão que os
liga uns aos outros como membros de um só corpo. Isto significa que o outro me
pertence: a sua vida, a sua salvação têm a ver com a minha vida e a minha
salvação. Tocamos aqui um elemento muito profundo da comunhão: a nossa
existência está ligada com a dos outros, quer no bem quer no mal; tanto o
pecado como as obras de amor possuem também uma dimensão social. Na Igreja,
corpo místico de Cristo, verifica-se esta reciprocidade: a comunidade não cessa
de fazer penitência e implorar perdão para os pecados dos seus filhos, mas
alegra-se contínua e jubilosamente também com os testemunhos de virtude e de
amor que nela se manifestam. Que «os membros tenham a mesma solicitude uns para
com os outros» (1 Cor 12, 25) – afirma São Paulo –, porque somos um e o mesmo
corpo. O amor pelos irmãos, do qual é expressão a esmola – típica prática
quaresmal, juntamente com a oração e o jejum – radica-se nesta pertença comum.
Também com a preocupação concreta pelos mais pobres, pode cada cristão
expressar a sua participação no único corpo que é a Igreja. E é também atenção
aos outros na reciprocidade saber reconhecer o bem que o Senhor faz neles e
agradecer com eles pelos prodígios da graça que Deus, bom e omnipotente, continua
a realizar nos seus filhos. Quando um cristão vislumbra no outro a ação do
Espírito Santo, não pode deixar de se alegrar e dar glória ao Pai celeste (cf.
Mt 5, 16).
A palavra do Papa nos convida hoje a esmola. Em nossas orações finais peçamos a Deus que abra nosso coração para reconhecer na caridade ao próximo a caridade a Ele próprio.
Até a próxima!!!!
Deus Abençoe!
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