terça-feira, 25 de outubro de 2011

Frei Galvão - 25 de outubro

Conhecido como "o homem da paz e da caridade", Antônio de Sant'Anna Galvão nasceu no dia 10 de maio de 1739, na cidade de Guaratinguetá (SP).

Filho de Antônio Galvão, português natural da cidade de Faro em Portugal, e de Isabel Leite de Barros, natural da cidade de Pindamonhangaba, em São Paulo. O ambiente familiar era profundamente religioso. Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestígio social e influência política.

O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou Antônio, com a idade de 13 anos, à Bahia, a fim de estudar no seminário dos padres jesuítas.

Em 1760, ingressou no noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição, no Convento de São Boaventura do Macacu, na Capitania do Rio de Janeiro. Foi ordenado sacerdote no dia 11 de julho de 1762, sendo transferido para o Convento de São Francisco em São Paulo.

Em 1774, fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, hoje Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz, das Irmãs Concepcionistas da Imaculada Conceição.

Cheio do espírito da caridade, não media sacrifícios para aliviar os sofrimentos alheios. Por isso o povo a ele recorria em suas necessidades. A caridade de Frei Galvão brilhou, sobretudo, como fundador do mosteiro da Luz, pelo carinho com que formou as religiosas e pelo que deixou nos estatutos do então recolhimento da Luz. São páginas que tratam da espiritualidade, mas em particular da caridade de como devem ser vivida a vida religiosa e tratadas as pessoas de dentro e de fora do "recolhimento".

Às 10 horas do dia 23 de dezembro de 1822, no Mosteiro da Luz de São Paulo, havendo recebido todos os sacramentos, adormeceu santamente no Senhor, contando com seus quase 84 anos de idade. Foi sepultado na Capela-Mor da Igreja do Mosteiro da Luz, e sua sepultura ainda hoje continua sendo visitada pelos fiéis.

Sobre a lápide do sepulcro de Frei Galvão está escrito para eterna memória: "Aqui jaz Frei Antônio de Sant'Anna Galvão, ínclito fundador e reitor desta casa religiosa, que tendo sua alma sempre em suas mãos, placidamente faleceu no Senhor no dia 23 de dezembro do ano de 1822". Sob o olhar de sua Rainha, a Virgem Imaculada, sob a luz que ilumina o tabernáculo, repousa o corpo do escravo de Maria e do Sacerdote de Cristo, a continuar, ainda depois da morte, a residir na casa de sua Senhora ao lado de seu Senhor Sacramentado.

Frei Galvão é o religioso cujo coração é de Deus, mas as mãos e os pés são dos irmãos. Toda a sua pessoa era caridade, delicadeza e bondade: testemunhou a doçura de Deus entre os homens. Era o homem da paz, e como encontramos no Registro dos Religiosos Brasileiros: "O seu nome é em São Paulo, mais que em qualquer outro lugar, ouvido com grande confiança e não uma só vez, de lugares remotos, muitas pessoas o vinham procurar nas suas necessidades".

O dia 25 de outubro, dia oficial do santo, foi estabelecido, na Liturgia, pelo saudoso Papa João Paulo II, na ocasião da beatificação de Frei Galvão em 1998 em Roma. Com a canonização do primeiro santo que nasceu, viveu e morreu no Brasil, a 11 de maio de 2007, o Papa Bento XVI manteve a data de 25 de outubro.


Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, rogai por nós!

Extraído de http://www.cancaonova.com/portal/canais/liturgia/santo/index.php?&dia=25&mes=10&ano=2011
 

terça-feira, 18 de outubro de 2011

São Lucas, rogai por nós!

Estamos em festa na liturgia da Igreja, pois lembramos hoje a vida e o testemunho do evangelista São Lucas. Uma figura simpática do Cristianismo primitivo, homem de posição e qualidades, de formação literária e de profundo sentido artístico divino. Nasceu em Antioquia da Síria, médico de profissão foi convertido pelo apóstolo São Paulo, do qual se tornou inseparável e fiel companheiro de missão. Colaborador no apostolado, o grande apóstolo dos gentios em diversos lugares externa a alta consideração que tinha por Lucas, como portador de zelo e fidelidade no coração. Ambos fazem várias viagens apostólicas, tornando-se um dos primeiros missionários do mundo greco-romano. Tornou-se excepcional para a vida da Igreja por ter sido dócil ao Espírito Santo, que o capacitou com o carisma da inspiração e da vivência comunitária, resultando no Evangelho segundo Lucas e na primeira história da Igreja, conhecida como Atos dos Apóstolos. No Evangelho segundo Lucas, encontramos o Cristo, amor universal, que se revela a todos e chama Zaqueu, Maria Madalena, garante o Céu para o "bom" ladrão e conta as lindas parábolas do pai misericordioso e do bom samaritano. Nos Atos dos Apóstolos, que poderia também se chamar Atos do Espírito Santo, deparamos com a ascensão do Cristo, que promete o batismo no Espírito Santo, fato que se cumpre no dia de Pentecostes, e é inaugurada a Igreja, que desde então vem evangelizando com coragem, ousadia e amor incansável todos os povos.

Uma tradição - que recolheu no séc. XIV Nicéforo Calisto, inspirado numa frase de Teodoro, escritor do séc. VI - diz-nos que São Lucas foi pintor e fala-nos duma imagem de Nossa Senhora saída do seu pincel. Santo Agostinho, no séc. IV, diz-nos pela sua parte que não conhecemos o retrato de Maria; e Santo Ambrósio, com sentido espiritual, diz-nos que era figura de bondade. Este é o retrato que nos transmitiu São Lucas da Virgem Maria: o seu retrato moral, a bondade da sua alma. O Evangelho de boa parte das Missas de Maria Santíssima é tomado de São Lucas, porque foi ele quem mais longamente nos contou a sua vida e nos descobriu o seu Coração. Duas vezes esteve preso São Paulo em Roma e nos dois cativeiros teve consigo São Lucas, "médico queridíssimo". Ajudava-o no seu apostolado, consolava-o nos seus trabalhos e atendia-o e curava-o com solicitude nos seus padecimentos corporais. No segundo cativeiro, do ano 67, pouco antes do martírio, escreve a Timóteo que "Lucas é o único companheiro" na sua prisão. Os outros tinham-no abandonado. O historiador São Jerônimo afirma que Lucas viveu a missão até a idade de 84 anos, terminando sua vida com o martírio. Por isso, no hino das Laudes rezamos: "Cantamos hoje, Lucas, teu martírio, teu sangue derramado por Jesus, os dois livros que trazes nos teus braços e o teu halo de luz". É considerado o Padroeiro dos médicos, por também ele ter exercido esse ofício, conforme diz São Paulo aos Colossenses (4,14): "Saúda-vos Lucas, nosso querido médico".

São Lucas, rogai por nós!

fonte:

http://www.cancaonova.com/portal/canais/santodia/ (texto adaptado)

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Concílio Vaticano II - 49 anos

Padres conciliares reunidos na Basílica de São Pedro
durante o Concílio Vaticano II, em 1963.
“Veneráveis irmãos e diletos filhos nossos! Pronunciamos diante de vós, tremendo um pouco de comoção, mas juntamente com uma firmeza de propósito, o nome e a proposta da dúplice celebração: Um Sínodo Diocesano para a diocese de Roma e um Concílio Ecumênico para a Igreja Universal
(Papa João XXIII, em 29 de janeiro de 1959 na Basílica de São Paulo fora dos Muros, em Roma)

Essa foi a primeira vez que o então Papa João XXIII citou a realização de um novo Concílio, que mais tarde se chamaria Concílio Vaticano II, cuja convocação oficial aconteceu somente em 25 de dezembro de 1961, através da Constituição Apostólica Humanae Salutis. Menos de um ano depois, em 11 de outubro de 1962 iniciou-se oficialmente o o 21º Concílio Ecumênico que mudaria de uma vez por todas, vários aspectos pastorais da Igreja Católica. No primeiro capítulo do documento de convocação do Concílio, o Papa João XXIII explicou o que o levou a fazer tal convite à Igreja Universal.

“Diante deste duplo espetáculo: um mundo que revela um grave estado de indigência espiritual e a Igreja de Cristo, tão vibrante de vitalidade, nós, desde quando subimos ao supremo pontificado, não obstante nossa indignidade e por um desígnio da Providência, sentimos logo o urgente dever de conclamar os nossos filhos para dar à Igreja a possibilidade de contribuir mais eficazmente na solução dos problemas da idade moderna” (Papa João XXIII na Constituição Apostólica Humanae Salutis, 1961).

Clique aqui e veja a Carta de Convocação do Concílio Ecumênico Vaticano II


Um concílio que foi preparado em espírito de oração.Em 1 de julho de 1962, meses antes do início do Concílio, o “Papa bom” como era conhecido João XXIII, convocou a todos, incluindo o clero e o laicato, a intensificar as orações pelo novo concílio que se iniciaria. Através da encíclica Paenitentiam agere, João XIII fez um convite à oração e à penitência pelo bom êxito do Concílio. Foram solicitadas a todos os fiéis, novenas em honra ao Espírito Santo, além de confissões, comunhão eucarística e a realização de penitências e mortificações. O Concílio que se iniciou através de uma celebração eucarística na Basílica de São Pedro, em 11 de outubro de 1962, reuniu quase 2 mil e 500 cardeais, patriarcas e bispos de todo o mundo.

Papa Paulo VI dá continuidade ao Concílio que "interpretou os sinais dos tempos".

João XXIII não viu a conclusão do Concílio, pois morreu em 3 de junho de 1963. O arcebispo de Milão, Giovanni Batista Montini (Papa Paulo VI) foi eleito três dias depois da morte do idealizador do Concílio e decidiu dar continuidade ao mesmo, algo que sinalizou durante primeiro discurso proferido pelo rádio, onde também retomou os objetivos principais do Vaticano II: definir mais precisamente o conceito de Igreja; a renovação da Igreja Católica; a recomposição da unidade entre todos os cristãos e o diálogo da Igreja com o Mundo Contemporâneo.

“Em principio era um concilio dogmático, mas que teve um grande relevo principalmente na área pastoral, uma vez que o que precisaria ser mudado não era o argumento falado, mas como falar sobre o mesmo argumento que é a mensagem evangélica. Neste ponto, o relacionamento da Igreja, ou até mesmo o diálogo da Igreja com a cultura moderna era pauta do Concílio”, disse o mestre e doutorando em Pastoral Bíblico-catequética da Pontifícia Universidade diocesana de Roma, Padre Anderson Marçal Moreira.
Comemorações dos 50 anos de Vaticano II

Hoje, 11 de outubro, comemoram-se os 49 anos anos de início do Concílio e iniciam-se as comemorações dos 50 anos. Na visão de Padre Anderson Marçal Moreira, o Concílio Vaticano II, que abriu a visão da Igreja para o mundo tem muito ainda ser descoberto e aprofundado. “O Vaticano II, mesmo depois de 50 anos passados, precisa ainda ser entendido, vivido e absorvido na sua totalidade. Muita coisa já foi feita, e absorvida, principalmente pela geração pós-concilio, mas muita coisa ainda precisa ser aprofundada para que a Igreja caminhe, sobre as luzes do Vaticano II rumo a uma nova evangelização”, salientou.

Extraído de  http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=283853


sábado, 8 de outubro de 2011

As riquezas do Vaticano

Muita vezes nós agimos como "papagaios do senso comum". Temos o mau hábito de repetir coisas sem nenhum tipo de pesquisa ou investigação prévia. Ou seja, falamos sem saber! O post dessa semana traz um vídeo do Padre Paulo Ricardo em resposta a uma frase que, com certeza, você já ouviu - ou falou:

- Se o Vaticano vendesse todo ouro que tem, poderia acabar com a fome no mundo!

SERÁ?