terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Retrospectiva Catequese 2011


A Catequese presidida pelo Papa Bento XVI nesta quarta-feira, 28, será a 45ª e última Audiência Geral de 2011.
Ao longo desses doze meses, cerca de 400 mil pessoas participaram dos tradicionais encontros das quartas-feiras para escutar os ensinamentos do Sucessor de Pedro, que contaram com diversos temas.
Após terminar, na primeira parte do ano, a narração sobre grandes figuras de santos e santas dos séculos 16 e 17, Bento XVI desenvolveu uma ampla reflexão sobre a relação entre o homem e a oração. Depois, prosseguiu, nos últimos meses, com uma série de meditações sobre alguns Salmos.
Primeiro os exemplos, depois as ferramentas. Assim poderia se resumir, em uma visão geral, os temas tratados pelo Papa durante as Catequeses de 2011. Primeiro os exemplos, isto é, os santos; em seguida, as ferramentas, ou seja, a oração como atitude a se cultivar e desenvolver e os Salmos como forma antiga e atemporal de reviver a eterna relação entre o homem e Deus.
Na perspectiva das Audiências Gerais, o ano de 2011 foi aberto com uma figura feminina, Catarina de Gênova, encerrando-se o ciclo dedicado aos santos dos 1500 e 1600 com outra mulher, Teresa de Lisieux. Entre essas, o Papa passou de personagem em personagem - incluindo Teresa de Ávila, Francisco de Sales, Joana d'Arc e Afonso Maria de Ligório - até concluir, em abril, com uma confidência:
"Para mim, não somente alguns grandes santos que amo e que conheço bem são estes 'indicadores do caminho', mas também aqueles santos simples, as pessoas boas que vejo na minha vida, que não serão nunca canonizadas. São pessoas normais, por assim dizer, sem heroísmo visível, mas, na bondade delas de todos os dias, vejo a verdade da fé" (Catequese de 13 de abril de 2011).
Essas mesmas palavras dedicadas pelo Papa a tantos gigantes da Igreja fazem sobressair melhor a simples e interminável verdade do cristianismo, que faz da santidade uma meta para qualquer um. Mas partindo de onde? Na mesma audiência conclusiva do ciclo, o Santo Padre deixa uma "pista" sobre suas intenções para as catequeses sucessivas:
"Essencial é nunca deixar um domingo sem um encontro com o Cristo Ressuscitado na Eucaristia; isto não é um peso acrescentado, mas é a luz para a toda a semana. Não começar e não terminar nunca um dia sem um breve contato com Deus".
A oração, portanto. É aqui que o Papa chega após a Páscoa. Durante dez meditações intensas, de maio a agosto, o Pontífice adentra na paisagem espiritual da oração, naquele "corpo a corpo simbólico não com um Deus adversário e inimigo, mas com um Senhor que abençoa", como define em uma ocasião. Iluminismos, ateísmos de Estado, secularismo desenfreado, apesar de seus esforços, não esmagaram o "mundo do sagrado", porque a água de uma ideologia nunca saciará verdadeiramente uma alma:
"O homem 'digital', bem como aquele das cavernas, busca na experiência religiosa as vias para superar seus limites e para assegurar a sua precária aventura terrena. [...] O homem carrega consigo uma sede de infinito, uma nostalgia da eternidade, uma busca pela beleza, um desejo pelo amor, uma necessidade de luz e de verdade, que o impulsiona para o Absoluto; o homem carrega em si o desejo por Deus. E o homem sabe que, de qualquer modo, pode voltar-se a Deus, sabe que pode rezar a Ele" (Catequese de 11 de maio de 2011).
Dos Profetas a Cristo, Bento XVI atravessa milênios da Bíblia até chegar, após o verão, à estrada dos Salmos, em parte já tratados ao início do Pontificado, na esteira das audiências gerais de João Paulo II. Tocante, entre outras, é a reflexão sobre o aparente "silêncio de Deus", que, por vezes, experimenta quem reza em meio à dor e quase, por um momento de solidão abissal, até mesmo Jesus na Cruz. Palavras inspiradas do Salmo 22, que brotam de uma sabedoria antiga e descrevem as torturas sofridas com lúcida precisão neste momento por muitos cristãos, vítimas de um ódio cego:
"Quando o homem torna-se brutal e agride o irmão, algo de animalesco toma conta dele, parece perder toda a aparência humana; a violência tem sempre em si algo de bestial e somente a intervenção salvífica de Deus pode restituir o homem à sua humanidade" (Catequese de 14 de setembro de 2011).
Mas eis que, para o cristão, é exatamente a cena de violência do calvário que dá um sentido às violências sem explicação que abundam em tantas notícias tristes. Bento XVI recorda-o ao final de outubro, na véspera de sua viagem a Assis. Uma consolação que brota nos corações e nas mentes daqueles que sabem falar de Deus e com Deus:
"A Cruz é o novo arco da paz, sinal e instrumento de reconciliação, de perdão, de compreensão, sinal de que o amor é mais forte do que toda a violência e opressão, mais forte do que a morte: o mal se vence com o bem, com o amor" (Catequese de 26 de novembro de 2011).

Fonte:

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O Óbulo de São Pedro





No primeiro ano do seu pontificado, o Papa Bento XVI houve por bem pôr em relevo o significado particular do Óbolo com estas palavras:
- O “Óbolo de S. Pedro” é a expressão mais emblemática da participação de todos os fiéis nas iniciativas de caridade do Bispo de Roma a bem da Igreja universal. Trata-se de um gesto que se reveste de valor não apenas prático, mas também profundamente simbólico enquanto sinal de comunhão com o Papa e de atenção às necessidades dos irmãos; por isso, o vosso serviço possui um valor retintamente eclesial (Discurso aos Sócios do Círculo de São Pedro, 25 de Fevereiro de 2006).
O valor eclesial do referido gesto resulta claro quando se pensa que estas iniciativas de caridade são conaturais à Igreja, como o Papa acenou na sua primeira Encíclica Deus caritas est (25 de Dezembro de 2005):
- A Igreja nunca poderá ser dispensada da prática da caridade enquanto atividade organizada dos crentes, como aliás nunca haverá uma situação onde não seja precisa a caridade de cada um dos indivíduos cristãos, porque o homem, além da justiça, tem e terá sempre necessidade do amor (n.º 29).
Trata-se de uma ajuda que é sempre animada pelo amor que vem de Deus:
- Por isso, é muito importante que a atividade caritativa da Igreja mantenha todo o seu esplendor e não se dissolva na organização assistencial comum, tornando-se uma simples variante da mesma. (…) O programa do cristão – o programa do bom Samaritano, o programa de Jesus – é “um coração que vê”. Este coração vê onde há necessidade de amor, e actua em consequência (Ibidem, n.º 31).

* * *

Já os Sumos Pontífices anteriores tinham chamado a atenção para o Óbolo como forma de os crentes apoiarem o ministério dos sucessores de São Pedro ao serviço da Igreja universal. Assim se exprimira, por exemplo, o Papa João Paulo II:
- Conheceis as crescentes necessidades do apostolado, as carências das Comunidades eclesiais especialmente em terras de missão, os pedidos de ajuda que chegam de populações, indivíduos e famílias que vivem em precárias condições. Muitos esperam da Sé Apostólica uma ajuda que, muitas vezes, não conseguem encontrar noutro lugar. Vistas assim as coisas, o Óbolo constitui uma verdadeira e particular participação na ação evangelizadora, especialmente se se consideram o sentido e a importância de partilhar concretamente as solicitudes da Igreja universal (João Paulo II ao Círculo de São Pedro, 28 de Fevereiro de 2003).
As ofertas que os fiéis dão ao Santo Padre destinam-se a obras eclesiais, a iniciativas humanitárias e de promoção social, e também para a sustentação das atividades da Santa Sé. E o Papa, enquanto Pastor da Igreja inteira, preocupa-se também com as necessidades materiais de dioceses pobres, institutos religiosos e fiéis em graves dificuldades (pobres, crianças, idosos, marginalizados, vítimas de guerras e desastres naturais; ajudas particulares a Bispos ou Dioceses em necessidade, educação católica, ajuda a refugiados e migrantes, etc.).
O critério geral, que inspira a prática do Óbolo, remonta à Igreja primitiva:
- A base primeira para a manutenção da Sé Apostólica deve ser constituída pelas ofertas dadas espontaneamente pelos católicos de todo o mundo, e eventualmente também por outras pessoas de boa vontade. Isto corresponde à tradição que tem origem no Evangelho (Lc 10,7) e nos ensinamentos dos Apóstolos (1 Cor 11,14) (Carta de João Paulo II ao Cardeal Secretário de Estado, 20 de Novembro de 1982).




Fonte:


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Sublime Dom Buscando a Santidade

Olá Amigos!

Venho convidar vocês para o evento mais badalado do ano: Buscando a Santidade!

O show terá presença da Banda Plenitude, Ministério Aliança de Vida, Banda Frutos de Medjugore, além, é claro, da Sublime!

Vai ser dia 17/12 e começa às 18 hrs lá no clube Nilopolitano.

E pra entrar no clima a Sublime vai dar um par de ingressos para o primeiro que comentar nessa postagem do blog e outro par de ingressos para a frase mais criativa que responder a pergunta:

"O que você faria pra alcançar a Santidade?"

Não esqueçam de deixar um email pra contato na postagem, hein!

A promoção é relâmpago, só vale por hoje, então, mãos a obra e olhos pro céu!

Bjusss

Galera, upgrade na promoção: quem ganhar vai levar de quebra passe livre pro camarim! Valendo!!!!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O natal vem vindo...

Nesta quarta-feira, 7, o Papa Bento XVI acenderá as luzes da maior árvore de Natal do mundo, “sinal universal de paz e fraternidade entre os povos”, sobre o Monte Ingino, na cidade italiana de Gubbio.

A árvore de Natal tem uma base de 450 metros, 750 metros de altura e é montada todos os anos, desde 1981, por voluntários partindo da muralha da velha cidade medieval de Gubbio até a Basílica do Padroeiro, São Ubaldo, no topo da montanha. Ela cobre uma superfície de 130 mil metros quadrados composta por 300 pontos luminosos de cor verde e outros 400 de cores diversas. No topo da árvore estará uma estrela de mil metros quadrados composta por 250 pontos luminosos.

A novidade este ano é o meio usado pelo Santo Padre para acender esta imensa árvore de Natal: o Papa acenderá por tablet com sistema operacional Android que pode interagir através da Internet com um servidor web conectado à energia elétrica sistema de credor aberto. Bento XVI fará tudo isso à distância, do Apartamento Pontifício, graças a esse sistema de alta tecnologia.

Os presentes acompanharão este momento com o Papa por meio de uma vídeo-conferência que será transmitida pelo Centro Televisivo Vaticano (CTV) a partir das 17h30 (horário local). Às 18h30 (horário local) o Papa fará um pronunciamento.

A árvore de Natal da cidade de Gubbio é sempre acesa no dia 7 de dezembro, véspera da solenidade da Imaculada Conceição, em uma cerimônia com a presença de diversas personalidades italianas.

Fonte:

http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=284507

Estamos chegando no domingo da alegria! Comemoremos a esperança da vinda de Cristo!

Bom advento a todos!!!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Advento, a realização e confirmação da Aliança





É uma trajetória que passa pela fidelidade a Deus e ao próximo


Começamos novo Ano Litúrgico e um novo ciclo da liturgia com o Advento, tempo de preparação para o nascimento de Jesus Cristo no Natal. É hora de renovação das esperanças, com a advertência do próprio Cristo, quando diz: “Vigiai!”, para não sermos surpreendidos.

A chegada do Natal, preparado pelo ciclo do Advento, é a realização e confirmação da Aliança anunciada no passado pelos profetas. É a Aliança do amor realizada plenamente em Jesus Cristo e na vida de todos aqueles que praticam a justiça e confiam na Palavra de Deus.

Estamos em tempo de educação de nossa fé, quando Deus se apresenta como oleiro, que trabalha o barro, dando a ele formas diversas. Nós somos como argila, que deve ser transformada conforme a vontade do oleiro. É a ação de Deus em nossa vida, transformando-a de Seu jeito.

Neste caminho de mudanças, Deus nos deu diversos dons conforme as possibilidades de cada um. E somos conduzidos pelas exigências da Palavra de Deus. É uma trajetória que passa pela fidelidade ao Todo-poderoso e ao próximo, porque ninguém ama a Deus não amando também o seu irmão.

O Advento é convocação para a vigilância. A vida pode ser cheia de surpresas e a morte chegar quando não esperamos. Por isso é muito importante estar diuturnamente acordado e preparado, conseguindo distanciar-se das propostas de um mundo totalmente afastado de Deus.

Outro fato é não desanimar diante dos tipos de dificuldades e de motivações que aparecem diante nós. Estamos numa cultura de disputa por poder, de ocupar os primeiros lugares sem ser vigilantes na prestação de serviço. Quem serve, disse Jesus, é “servo vigilante”.

Confiar significa ter a sensação de não estar abandonado por Deus. Com isso, no Advento vamos sendo moldados para acolher Jesus no Natal como verdadeiro Deus. Aquele que nos convoca a abandonar o egoísmo e seguir Jesus Cristo.

Preparar-se para o Natal já é ter a sensação das festas de fim de ano. Não sejamos enganados pelas propostas atraentes do consumismo. O foco principal é Jesus Cristo como ação divina em todo o mundo.


Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto



terça-feira, 22 de novembro de 2011

Dia do músico - Santa Cecília, rogai por nós!

Olá!!!!

Hoje é dia de alegria no blog da SD! Estamos comemorando o dia do músico. A data foi escolhida por ser o dia de Santa Cecília, padroeira dos músicos. A história dessa grande mártir (cujo nome tenho a honra de carregar!) vocês conhecem agora...

Santa Cecília...

Hoje celebramos a santidade da virgem que foi exaltada como exemplo perfeitíssimo de mulher cristã, pois em tudo glorificou a Jesus. Santa Cecília é uma das mártires mais veneradas durante a Idade Média, tanto assim que no século V uma Basílica foi construída em sua homenagem. Embora se trate da mesma pessoa, na prática fala-se de duas santas Cecílias: a da história e a da lenda. A Cecília histórica é uma senhora romana que deu uma casa e um terreno aos cristãos dos primeiros séculos. A casa transformou-se em igreja que se chamou mais tarde Santa Cecília no Trastévere; o terreno tornou-se cemitério de São Calisto, onde foi enterrada a doadora, perto da cripta fúnebre dos Papas. No século VI, quando os peregrinos começaram a perguntar quem era essa Cecília cujo túmulo e cuja inscrição se encontravam em tão honrosa companhia, para satisfazer a curiosidade deles, foi então publicada uma Paixão, que deu origem à Cecília lendária; esta foi sem demora colocada na categoria das mártires mais ilustres. Segundo o relato da sua Paixão Cecília tinha sido uma bela cristã da mais alta nobreza romana que, segundo o costume, foi prometida pelos pais em casamento a um nobre jovem chamado Valeriano. Aconteceu que, no dia das núpcias, a jovem noiva, em meio aos hinos de pureza que cantava no íntimo do coração, partilhou com o marido, com transparência, o fato de ter consagrado sua virgindade a Cristo e que um Anjo guardava sua decisão.

Valeriano, que até então era pagão, a respeitou, mas disse que somente acreditaria se contemplasse o Anjo. Desse desafio Cecília conseguiu a conversão do esposo que foi apresentado ao Papa Urbano, sendo então preparado e batizado, juntamente com um irmão de sangue de nome Tibúrcio. Depois de batizado, o jovem, agora cristão, contemplou o Anjo, que possuía duas coroas (símbolo do martírio) nas mãos. O Anjo colocou uma coroa sobre a cabeça de Cecília e outra sobre a de Valeriano, o que significava um sinal, pois primeiro morreu Valeriano e seu irmão por causa da fé abraçada e logo depois Santa Cecília sofreu o martírio, após ter sido presa ao sepultar Valeriano e Tibúrcio na sua vila da Via Ápia.

Colocada perante a alternativa de fazer sacrifícios aos deuses ou morrer, escolheu a morte. Ao prefeito Almáquio, que lembrava Cecília que tinha sobre ela direito de vida ou de morte, ela respondeu: "É falso, porque podes dar-me a morte, mas não me podes dar a vida". Almáquio condenou-a a morrer asfixiada; como ela sobreviveu a esse suplício, mandou cortar-lhe a cabeça. Nas Atas de Santa Cecília lê-se esta frase: "Enquanto ressoavam os concertos profanos das suas núpcias, Cecília cantava no seu coração um hino de amor a Jesus, seu verdadeiro esposo". Estas palavras, lidas um tanto por alto, fizeram acreditar no talento musical de Santa Cecília e valeram-lhe o ser padroeira dos músicos. Hoje essa grande mártir e padroeira dos músicos canta louvores ao Senhor no céu.

Santa Cecília, rogai por nós!

Que como Santa Cecília, usemos o dom que temos para glorificar a cada dia o nome do Senhor! Parabéns a todos os músicos, em especial aos músicos em ordem de batalha!

Fiquem com Deus!

Fonte:

http://www.cancaonova.com/portal/canais/liturgia/santo/index.php?&dia=22&mes=11&ano=2011

terça-feira, 15 de novembro de 2011

CRISTO REI

Povo de Deus,
Chegamos ao final de mais um ano liturgico. Neste domingo, 19 de novembro, celebraremos a festa de Cristo, Rei do Universo. E para nos preparamos, estou postando um trecho da homilia feita pelo beato João Paulo II em 1997. Boa leitura a todos!
Até ano que vem!!!

Homilia do Papa João Paulo II na Paróquia Romana da SantíssimaTrindade

23 de Novembro de 1997

1. Neste domingo, que encerra o ano litúrgico, a Igreja celebra a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do universo. Escutámos no Evangelho a pergunta dirigida a Jesus por Pôncio Pilatos: «Tu és o rei dos judeus?» (Jo 18, 33). Jesus, por sua vez, responde perguntando: «Dizes isso por ti mesmo, ou foram outros que to disseram a Meu respeito?» (Jo 18, 34). E Pilatos responde: «Acaso sou eu judeu? O Teu povo e os sumos sacerdotes é que Te entregaram a mim. Que fizeste?» (Jo 18, 35).

A este ponto do diálogo, Cristo afirma: «O Meu reino não é deste mundo. Se o Meu reino fosse deste mundo, os Meus guardas lutariam para que Eu não fosse entregue às autoridades dos judeus. Mas o Meu reino não é daqui» (Jo 18, 36).

Agora tudo é claro e transparente. Perante a acusação dos sacerdotes, Jesus revela que se trata doutro tipo de realeza, uma realeza divina e espiritual. Pilatos pergunta de novo: «Então Tu és rei?» (Jo 18, 37). A este ponto Jesus, excluindo qualquer forma de interpretação errada da Sua dignidade real, indica a verdadeira: «Tu estás a dizer que Eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade. Todo aquele que está com a verdade ouve a Minha voz» (Jo 18, 37).

Ele não é rei no sentido que pensavam os representantes do Sinédrio: com efeito, não aspira a nenhum poder político em Israel. O Seu reino, pelo contrário, ultrapassa em grande medida os confins da Palestina. Todos os que estão com a verdade ouvem a Sua voz (cf. Jo 18, 37) e reconhecem n’Ele um Rei. Eis o âmbito universal do Reino de Cristo e a sua dimensão espiritual.

2. «Dar testemunho da verdade» (Jo 18, 37). A Leitura tirada do Livro do Apocalipse diz que Jesus Cristo é «a testemunha fiel» (1, 5). Ele é testemunha fiel porque revela o mistério de Deus e anuncia o Seu Reino já presente. Ele é o primeiro servidor deste Reino. Tornando- Se «obediente até à morte, e morte de cruz!» (Fl 2, 8), Ele dará testemunho do poder do Pai sobre a criação e sobre o mundo. E o lugar do exercício desta sua realeza é a Cruz, abraçada no Gólgota. A Sua foi uma morte ignominiosa, que representa uma confirmação do anúncio evangélico do Reino de Deus. Mas aos olhos dos seus inimigos, aquela morte deveria ter sido a prova de que tudo o que Ele havia dito era falso: «Se é o Rei de Israel… desça agora da cruz, e acreditaremos n’Ele» (Mt 27, 42). Não desceu da cruz mas, como o Bom Pastor, deu a vida pelas suas ovelhas (cf. Jo 10, 11). A confirmação do Seu poder real é dada pouco depois quando, no terceiro dia, ressuscitou dos mortos, revelando-Se «o primogénito dos mortos» (Ap 1, 5).

Ele, Servo obediente, é Rei, porque tem «as chaves da Morte e do Inferno» (Ap 1, 18). E, enquanto vencedor da morte, do inferno e de satanás, é «o Príncipe dos reis da terra» (Ap 1, 5). Com efeito, todas as coisas terrenas estão sujeitas à morte. Ao contrário, Aquele que tem poder sobre a morte, abre a toda a humanidade a perspectiva da vida imortal. Ele é o Alfa e o Ómega, o princípio e o fim de toda a criação (cf. Ap 1, 8), por isso todas as gerações podem repetir: Bendito o Seu reino que está a chegar (cf. Mc 11, 10).

(...)

5. Caríssimos Irmãos e Irmãs! A Liturgia de hoje recorda-nos que a verdade acerca de Cristo Rei constitui o cumprimento das profecias da Antiga Aliança. O profeta Daniel anuncia a vinda do Filho do homem, ao qual foi dado «poder, glória e reino». Ele é servido por «todos os povos, nações e gentes» e o seu «poder é um poder eterno que nunca Lhe será tirado» (cf. Dn 7, 14). Sabemos bem que tudo isto encontrou o seu cumprimento perfeito em Cristo, na sua Páscoa de morte e ressurreição.

A Solenidade de Cristo Rei do universo convida-nos a repetir com fé a invocação do Pai Nosso, que o próprio Jesus ensinou: «Venha a nós o Vosso Reino». Venha a nós o Vosso Reino, ó Senhor! «Reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, de amor e de paz» (Prefácio).

Amém!

Fonte:

http://gracou.wordpress.com/2009/11/22/festa-de-cristo-rei-ultimo-domingo-do-ano-liturgico/

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Immacullée Ilibagiza - Sobrevivi para Contar



Olá, povo de Deus!

Hoje trouxe pra vocês a história de Immacullée Ilibagiza, ruandesa que sobreviveu
física e espiritualmente ao massacre de 1 milhão de ruandeses devido ao conflito de etnias no
país. Como? Isso vou deixar a fonte oficial dizer...

Bjus,

Fiquem com Deus!

Sobrevivi para Contar:
Immaculée Ilibagiza é um exemplo vivo de fé colocada em ação. A vida de Immaculée foi transformada dramaticamente durante o genocídio de Ruanda em 1994, onde ela e sete outras mulheres passaram 91 dias em silêncio amontoadas juntas no banheiro apertado (1,2 m X 0,9 m) da casa de um pastor local. Immaculée entrou no banheiro uma pessoa vibrante, pesando aproximadamente 52 kg, era estudante universitária com uma família amorosa - ela saiu pesando apenas 29,5 kg para encontrar a maior parte de sua família assassinada.
Immaculée dá os créditos de seu salvamento principalmente à oração e ao rosário dado a ela por seu pai devoto católico antes de ir se esconder. Raiva e ressentimento sobre sua situação foram literalmente comendo-a viva e destruindo sua fé, mas em vez de sucumbir à raiva que sentia, Immaculée virou-se para a oração. Ela começou a rezar o rosário como uma forma de abafar a negatividade que foi se acumulando dentro dela. Immaculée encontrou consolo e paz na oração e começou a rezar desde o momento em que ela abria os olhos pela manhã, até o momento em que fechava os olhos à noite.
Através da oração, ela finalmente achou possível (...), perdoar seus algozes e assassinos de sua família.
A confiança de Immaculée na sua fé a encorajou a olhar para baixo enquanto um homem armado com um facão ameaçava matá-la durante sua fuga. Ela também mais tarde, esteve cara a cara com o assassino de sua mãe e seu irmão e disse o impensável, "Eu te perdôo". Immaculée sabia, enquanto estava escondida, que ela teria que superar probabilidades imensuráveis, sem sua família e com seu país destruído. Felizmente, Immaculée utilizou seu tempo no banheiro minúsculo que para ensinar Inglês apenas com a Bíblia e um dicionário, uma vez libertada, ela foi capaz de trabalhar com as Nações Unidas.
Em 1998, Immaculée emigrou para os Estados Unidos, onde continuou o seu trabalho com a ONU. Durante esse tempo, ela compartilhou sua história com os colegas e amigos, que de tão impactados insistiram que ela contasse sua história em forma de livro. Três dias depois de terminar o manuscrito, ela conheceu o autor best-seller, Dr. Wayne W. Dyer, que, em poucos minutos após conhecê-la, ofereceu-se para publicar seu livro. Dyer é citado como dizendo, "Há algo muito mais do que carisma no trabalho aqui -. Immaculée não só escreve e fala sobre o amor incondicional e perdão, mas ela irradia por onde passa"
Primeiro livro de Immaculée, Sobrevivi para Contar; Descobrindo Deus Em meio ao Holocausto de Ruanda (Hay House) foi lançado em março de 2006. Sobrevivi para Contar rapidamente se tornou um Best Seller na lista do New York Times. Desde então, foi traduzido para quinze idiomas em todo o mundo. A história de Immaculée também foi transformada em um documentário intitulado "O diário de Immaculée". Ela já apareceu em vários meios, incluindo 60 Minutes, a CNN, EWTN, a Rede Aljazeera, The New York Times, USA Today, Newsday, e muitas outras redes nacionais e internacionais. Ela foi recentemente apresentada no projeto "Arquitetos da Paz", de Michael Collopy, que tem honrado as pessoas lendárias como Madre Teresa, Jimmy Carter, Nelson Mandela e do Dalai Lama.
Immaculée recebeu doutorado honorário da Universidade de Notre Dame, Universidade de São João, e da Universidade de Walsh. Ela tem sido reconhecida e homenageada com vários prêmios humanitários, incluindo: O Prêmio Internacional Mahatma Gandhi para a Reconciliação e a Paz de 2007; finalista como uma das “Pessoas mais inspiradoras do Ano 2006” pela Belifnet.com, e ganhadora do prêmio Legado Americano de Mulheres de Força e Coragem. Sobrevivi para Contar recebeu um prêmio Christopher por "afirmar os valores mais elevados do espírito humano", e foi escolhido pela seleção da revista Outreach como "Melhor discurso Testemunho / Biografia de 2007." Sobrevivi para Contar foi adotado no currículo de dezenas de escolas secundárias e universidades, incluindo a Universidade de Villanova, que o selecionou para o "Programa Um Livro" 2007-2008, tornando Sobrevivi para Contar leitura obrigatória para 6000 alunos.
Immaculée protagonizou recentemente de documentário intitulado "pronto a perdoar, uma história Africana de Graça", um projeto patrocinado pela Igreja Evangélica Luterana da América. O filme centra-se sobre o povo Acholi do norte de Uganda e seu desejo de perdoar seus algozes. "Pronto a perdoar" foi transmitido pela NBC e no Hallmark Channel.
Immaculée assinou recentemente um contrato com MPower Pictures para produzir um grande filme sobre sua história.
Immaculée hoje é considerada como uma das principais oradoras do mundo em paz, fé e perdão. Ela tem compartilhado a sua mensagem universal com dignitários de todo o mundo, crianças em idade escolar, as corporações multinacionais, igrejas e em muitas conferências. Immaculée trabalha duro para espalhar a sua mensagem e para arrecadar dinheiro para seu Fundo de Caridade Sobrevivi para Contar, que beneficia diretamente as crianças órfãs vítimas do genocídio.
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"Por fim, meu imaculado coração triunfará" (N. S. Fátima)


Fonte:

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Os 30 Pecados do Músico Sacro

Boa Noite, povo de Deus!

Hoje postei um áudio de Urbano Medeiros sobre os pecados que os músicos

cometem no altar. Muito interessante pessoal. Vale a pena conferir!

"(...)a melodia atinge a sensibilidade do ser humano; a harmonia atinge a razão e o ritmo atinge o nosso corpo. É por isso que a música nos atinge por inteiro."

Fiquem com Deus!

Até a próxima!

Tchau tchau!

Fonte:

http://musica.cancaonova.com/

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Frei Galvão - 25 de outubro

Conhecido como "o homem da paz e da caridade", Antônio de Sant'Anna Galvão nasceu no dia 10 de maio de 1739, na cidade de Guaratinguetá (SP).

Filho de Antônio Galvão, português natural da cidade de Faro em Portugal, e de Isabel Leite de Barros, natural da cidade de Pindamonhangaba, em São Paulo. O ambiente familiar era profundamente religioso. Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestígio social e influência política.

O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou Antônio, com a idade de 13 anos, à Bahia, a fim de estudar no seminário dos padres jesuítas.

Em 1760, ingressou no noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição, no Convento de São Boaventura do Macacu, na Capitania do Rio de Janeiro. Foi ordenado sacerdote no dia 11 de julho de 1762, sendo transferido para o Convento de São Francisco em São Paulo.

Em 1774, fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, hoje Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz, das Irmãs Concepcionistas da Imaculada Conceição.

Cheio do espírito da caridade, não media sacrifícios para aliviar os sofrimentos alheios. Por isso o povo a ele recorria em suas necessidades. A caridade de Frei Galvão brilhou, sobretudo, como fundador do mosteiro da Luz, pelo carinho com que formou as religiosas e pelo que deixou nos estatutos do então recolhimento da Luz. São páginas que tratam da espiritualidade, mas em particular da caridade de como devem ser vivida a vida religiosa e tratadas as pessoas de dentro e de fora do "recolhimento".

Às 10 horas do dia 23 de dezembro de 1822, no Mosteiro da Luz de São Paulo, havendo recebido todos os sacramentos, adormeceu santamente no Senhor, contando com seus quase 84 anos de idade. Foi sepultado na Capela-Mor da Igreja do Mosteiro da Luz, e sua sepultura ainda hoje continua sendo visitada pelos fiéis.

Sobre a lápide do sepulcro de Frei Galvão está escrito para eterna memória: "Aqui jaz Frei Antônio de Sant'Anna Galvão, ínclito fundador e reitor desta casa religiosa, que tendo sua alma sempre em suas mãos, placidamente faleceu no Senhor no dia 23 de dezembro do ano de 1822". Sob o olhar de sua Rainha, a Virgem Imaculada, sob a luz que ilumina o tabernáculo, repousa o corpo do escravo de Maria e do Sacerdote de Cristo, a continuar, ainda depois da morte, a residir na casa de sua Senhora ao lado de seu Senhor Sacramentado.

Frei Galvão é o religioso cujo coração é de Deus, mas as mãos e os pés são dos irmãos. Toda a sua pessoa era caridade, delicadeza e bondade: testemunhou a doçura de Deus entre os homens. Era o homem da paz, e como encontramos no Registro dos Religiosos Brasileiros: "O seu nome é em São Paulo, mais que em qualquer outro lugar, ouvido com grande confiança e não uma só vez, de lugares remotos, muitas pessoas o vinham procurar nas suas necessidades".

O dia 25 de outubro, dia oficial do santo, foi estabelecido, na Liturgia, pelo saudoso Papa João Paulo II, na ocasião da beatificação de Frei Galvão em 1998 em Roma. Com a canonização do primeiro santo que nasceu, viveu e morreu no Brasil, a 11 de maio de 2007, o Papa Bento XVI manteve a data de 25 de outubro.


Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, rogai por nós!

Extraído de http://www.cancaonova.com/portal/canais/liturgia/santo/index.php?&dia=25&mes=10&ano=2011
 

terça-feira, 18 de outubro de 2011

São Lucas, rogai por nós!

Estamos em festa na liturgia da Igreja, pois lembramos hoje a vida e o testemunho do evangelista São Lucas. Uma figura simpática do Cristianismo primitivo, homem de posição e qualidades, de formação literária e de profundo sentido artístico divino. Nasceu em Antioquia da Síria, médico de profissão foi convertido pelo apóstolo São Paulo, do qual se tornou inseparável e fiel companheiro de missão. Colaborador no apostolado, o grande apóstolo dos gentios em diversos lugares externa a alta consideração que tinha por Lucas, como portador de zelo e fidelidade no coração. Ambos fazem várias viagens apostólicas, tornando-se um dos primeiros missionários do mundo greco-romano. Tornou-se excepcional para a vida da Igreja por ter sido dócil ao Espírito Santo, que o capacitou com o carisma da inspiração e da vivência comunitária, resultando no Evangelho segundo Lucas e na primeira história da Igreja, conhecida como Atos dos Apóstolos. No Evangelho segundo Lucas, encontramos o Cristo, amor universal, que se revela a todos e chama Zaqueu, Maria Madalena, garante o Céu para o "bom" ladrão e conta as lindas parábolas do pai misericordioso e do bom samaritano. Nos Atos dos Apóstolos, que poderia também se chamar Atos do Espírito Santo, deparamos com a ascensão do Cristo, que promete o batismo no Espírito Santo, fato que se cumpre no dia de Pentecostes, e é inaugurada a Igreja, que desde então vem evangelizando com coragem, ousadia e amor incansável todos os povos.

Uma tradição - que recolheu no séc. XIV Nicéforo Calisto, inspirado numa frase de Teodoro, escritor do séc. VI - diz-nos que São Lucas foi pintor e fala-nos duma imagem de Nossa Senhora saída do seu pincel. Santo Agostinho, no séc. IV, diz-nos pela sua parte que não conhecemos o retrato de Maria; e Santo Ambrósio, com sentido espiritual, diz-nos que era figura de bondade. Este é o retrato que nos transmitiu São Lucas da Virgem Maria: o seu retrato moral, a bondade da sua alma. O Evangelho de boa parte das Missas de Maria Santíssima é tomado de São Lucas, porque foi ele quem mais longamente nos contou a sua vida e nos descobriu o seu Coração. Duas vezes esteve preso São Paulo em Roma e nos dois cativeiros teve consigo São Lucas, "médico queridíssimo". Ajudava-o no seu apostolado, consolava-o nos seus trabalhos e atendia-o e curava-o com solicitude nos seus padecimentos corporais. No segundo cativeiro, do ano 67, pouco antes do martírio, escreve a Timóteo que "Lucas é o único companheiro" na sua prisão. Os outros tinham-no abandonado. O historiador São Jerônimo afirma que Lucas viveu a missão até a idade de 84 anos, terminando sua vida com o martírio. Por isso, no hino das Laudes rezamos: "Cantamos hoje, Lucas, teu martírio, teu sangue derramado por Jesus, os dois livros que trazes nos teus braços e o teu halo de luz". É considerado o Padroeiro dos médicos, por também ele ter exercido esse ofício, conforme diz São Paulo aos Colossenses (4,14): "Saúda-vos Lucas, nosso querido médico".

São Lucas, rogai por nós!

fonte:

http://www.cancaonova.com/portal/canais/santodia/ (texto adaptado)

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Concílio Vaticano II - 49 anos

Padres conciliares reunidos na Basílica de São Pedro
durante o Concílio Vaticano II, em 1963.
“Veneráveis irmãos e diletos filhos nossos! Pronunciamos diante de vós, tremendo um pouco de comoção, mas juntamente com uma firmeza de propósito, o nome e a proposta da dúplice celebração: Um Sínodo Diocesano para a diocese de Roma e um Concílio Ecumênico para a Igreja Universal
(Papa João XXIII, em 29 de janeiro de 1959 na Basílica de São Paulo fora dos Muros, em Roma)

Essa foi a primeira vez que o então Papa João XXIII citou a realização de um novo Concílio, que mais tarde se chamaria Concílio Vaticano II, cuja convocação oficial aconteceu somente em 25 de dezembro de 1961, através da Constituição Apostólica Humanae Salutis. Menos de um ano depois, em 11 de outubro de 1962 iniciou-se oficialmente o o 21º Concílio Ecumênico que mudaria de uma vez por todas, vários aspectos pastorais da Igreja Católica. No primeiro capítulo do documento de convocação do Concílio, o Papa João XXIII explicou o que o levou a fazer tal convite à Igreja Universal.

“Diante deste duplo espetáculo: um mundo que revela um grave estado de indigência espiritual e a Igreja de Cristo, tão vibrante de vitalidade, nós, desde quando subimos ao supremo pontificado, não obstante nossa indignidade e por um desígnio da Providência, sentimos logo o urgente dever de conclamar os nossos filhos para dar à Igreja a possibilidade de contribuir mais eficazmente na solução dos problemas da idade moderna” (Papa João XXIII na Constituição Apostólica Humanae Salutis, 1961).

Clique aqui e veja a Carta de Convocação do Concílio Ecumênico Vaticano II


Um concílio que foi preparado em espírito de oração.Em 1 de julho de 1962, meses antes do início do Concílio, o “Papa bom” como era conhecido João XXIII, convocou a todos, incluindo o clero e o laicato, a intensificar as orações pelo novo concílio que se iniciaria. Através da encíclica Paenitentiam agere, João XIII fez um convite à oração e à penitência pelo bom êxito do Concílio. Foram solicitadas a todos os fiéis, novenas em honra ao Espírito Santo, além de confissões, comunhão eucarística e a realização de penitências e mortificações. O Concílio que se iniciou através de uma celebração eucarística na Basílica de São Pedro, em 11 de outubro de 1962, reuniu quase 2 mil e 500 cardeais, patriarcas e bispos de todo o mundo.

Papa Paulo VI dá continuidade ao Concílio que "interpretou os sinais dos tempos".

João XXIII não viu a conclusão do Concílio, pois morreu em 3 de junho de 1963. O arcebispo de Milão, Giovanni Batista Montini (Papa Paulo VI) foi eleito três dias depois da morte do idealizador do Concílio e decidiu dar continuidade ao mesmo, algo que sinalizou durante primeiro discurso proferido pelo rádio, onde também retomou os objetivos principais do Vaticano II: definir mais precisamente o conceito de Igreja; a renovação da Igreja Católica; a recomposição da unidade entre todos os cristãos e o diálogo da Igreja com o Mundo Contemporâneo.

“Em principio era um concilio dogmático, mas que teve um grande relevo principalmente na área pastoral, uma vez que o que precisaria ser mudado não era o argumento falado, mas como falar sobre o mesmo argumento que é a mensagem evangélica. Neste ponto, o relacionamento da Igreja, ou até mesmo o diálogo da Igreja com a cultura moderna era pauta do Concílio”, disse o mestre e doutorando em Pastoral Bíblico-catequética da Pontifícia Universidade diocesana de Roma, Padre Anderson Marçal Moreira.
Comemorações dos 50 anos de Vaticano II

Hoje, 11 de outubro, comemoram-se os 49 anos anos de início do Concílio e iniciam-se as comemorações dos 50 anos. Na visão de Padre Anderson Marçal Moreira, o Concílio Vaticano II, que abriu a visão da Igreja para o mundo tem muito ainda ser descoberto e aprofundado. “O Vaticano II, mesmo depois de 50 anos passados, precisa ainda ser entendido, vivido e absorvido na sua totalidade. Muita coisa já foi feita, e absorvida, principalmente pela geração pós-concilio, mas muita coisa ainda precisa ser aprofundada para que a Igreja caminhe, sobre as luzes do Vaticano II rumo a uma nova evangelização”, salientou.

Extraído de  http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=283853


sábado, 8 de outubro de 2011

As riquezas do Vaticano

Muita vezes nós agimos como "papagaios do senso comum". Temos o mau hábito de repetir coisas sem nenhum tipo de pesquisa ou investigação prévia. Ou seja, falamos sem saber! O post dessa semana traz um vídeo do Padre Paulo Ricardo em resposta a uma frase que, com certeza, você já ouviu - ou falou:

- Se o Vaticano vendesse todo ouro que tem, poderia acabar com a fome no mundo!

SERÁ?




terça-feira, 27 de setembro de 2011

YouCat na rede

Recentemente foi lançado um livro, chamado de YouCat, abreviação das palavras Youth (Jovem) e Cathecism (Catecismo), na língua portuguesa, o Catecismo Jovem. Trata-se de uma edição do Catecismo da Igreja Católica voltado aos jovens, com uma linguagem apropriada, muitas imagens e textos complementares.
No formato é muito parecido com o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, que se dá em perguntas e respostas. Na estrutura e divisão de assuntos segue a divisão do próprio Catecismo: Em que cremos; Como celebramos os mistérios cristãos; A vida em Cristo; Como devemos orar.

Na mochila de todos os participantes da Jornada Mundial da Juventude, que aconteceu em agosto deste ano, todos os jovens receberam como presente do próprio papa, um Catecismo Jovem. E no prefácio, Bento XVI fez um convite especial: “Formai grupos de estudo nas redes sociais, partilhai-o entre vós na internet. Permanecei deste modo num diálogo sobre a vossa fé”.
Atendendo a este pedido, cinco seminaristas da arquidiocese de Florianópolis (SC), estudantes de Filosofia em Brusque, resolveram criar espaços para a partilha e estudo do YouCat, abrindo assim um espaço virtual para o diálogo sobre a fé.

Inicialmente foi criado um twitter (@CatecismoJovem), rede social que está em destaque atualmente entre a juventude. Muitos seguem, twittam, mencionam muitas coisas durante o dia, e com este twitter abriu-se um espaço concreto para o jovem conhecer o que a sua Igreja tem a dizer, de uma forma jovem. Também foi criado um facebook (
www.facebook.com/catecismojovem), que traz diariamente imagens, textos e frases do YouCat.

Posteriormente foi criado um blog (
www.catecismojovem.blogspot.com), que é atualizado diariamente com assuntos e material retirado do próprio YouCat. Em uma linguagem acessível, leve e curta, o jovem pode ler a opinião da Igreja sobre determinados assuntos.

Os resultados foram rápidos, sendo quem em menos de três meses o twitter já tem mais de 1700 seguidores, 1200 amigos no facebook e mais de 10 mil visitas no blog. Porém, para os seminaristas, os números não é o dado mais importante. “O que mais nos faz felizes é ver a quantidade de jovens interagindo, perguntando e assim conhecendo melhor a sua fé” afirmou Paulo Chaves, seminarista e membro da equipe.

Além disso, em setembro deste ano, o Catecismo Jovem foi tema do Programa Revolução Jesus, na Canção Nova, sendo citados o twitter e blog como grande fonte de difusão do YouCat. “Para nós foi muito gratificante ver a repercussão que teve uma ideia simples como esta que tivemos, respondendo ao pedido do Papa. As redes sociais podem ser nossas aliadas na evangelização”, afirmou Diogo Cesar, membro da equipe.

Esta experiência reforça a importância da nova evangelização, da aproximação pedida pelo Papa, dos jovens em seu próprio espaço, tendo sempre em vista a evangelização e o anúncio de Jesus Cristo, que deverá transformar a vida de cada jovem.



sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Aridez Espiritual

Muitas vezes, podemos passar por algum período de aridez espiritual, isto é, não temos vontade de rezar, torna-se difícil participar da Santa Missa, a reza do terço fica pesada, entre outros. Até mesmo a Sagrada Comunhão se torna um sacrifício diante das dúvidas que podem atingir a nossa alma. Parece que o céu sumiu. Como vencer esse estado de espírito no qual parece que Deus está longe e que nos falta a fé? Primeiro, é preciso verificar se esta situação não é tibieza, ou seja, causada por nossa culpa em não perseverar no cuidado da vida espiritual, e, sobretudo, verificar se não há pecados graves em nossa alma, que possam estar afugentando dela a graça de Deus.

Se não houver pecados na alma, então, é preciso antes de tudo, calma, paciência e perseverança nos exercícios espirituais: oração, vida sacramental, caridade, penitência, entre outros. Mesmo sem vontade ou sem gosto, continuar, sem jamais parar, os exercícios espirituais. O Senhor, às vezes, permite essas provações para que aprendamos a “buscar mais o Deus das consolações do que as consolações de Deus”, como ensinou um santo. São João da Cruz, místico que tanto experimentou o que chamou de “noite escura da fé”, afirmou que “o progresso da pessoa é maior quando ela caminha às escuras e sem saber.”

Muitas vezes, nos deleitamos nas orações gostosas, cheias de fervor sensível, como crianças quando comem doces. Mas quando vem a luta deixamos a oração. Veja o que nos diz a Palavra de Deus: “Filho meu, não desprezes a correção do Senhor. Não desanimes, quando repreendido por ele; pois o Senhor corrige a quem ama e castiga todo aquele que reconhece por seu filho (Pr 3,11s). Estais sendo provados para a vossa correção: é Deus que vos trata como filhos. Ora, qual é o filho a quem seu pai não corrige?… Mas se permanecêsseis sem a correção que é comum a todos, seríeis bastardos e não filhos legítimos… Aliás, temos na terra nossos pais que nos corrigem e, no entanto, os olhamos com respeito. Com quanto mais razão nos havemos de submeter ao Pai de nossas almas, o qual nos dará a vida? Os primeiros nos educaram para pouco tempo, segundo a sua própria conveniência, ao passo que este o faz para nosso bem, para nos comunicar sua santidade” (Hb 12,5-10).

Deus nos quer santos, e é também algumas vezes pela provação e pela aridez espiritual que Ele arranca as ervas daninhas do jardim de nossas almas. Coragem, alma querida de Deus! Jesus disse que Ele é a videira verdadeira, e Seu Pai o bom agricultor, que podará todo ramo bom que der fruto, para que produza mais fruto (cf. Jo 15,1-2). Não podemos querer apenas o açúcar do pão e renegar o pão do sacrifício. Às vezes, a meditação é difícil, a oração é penosa, distraída, surgem as noites e as trevas… Nessas horas é preciso silêncio, abandono, paciência. O Esposo há de voltar logo… Em breve vai raiar a aurora e os fantasmas vão sumir. Quanto mais a noite fica escura, tanto mais perto nos aproximamos da aurora. Deus sabe pelo que estamos passando, louvado seja o Seu santo Nome! É hora de abandono em Suas mãos paternas. Em meio às trevas alguns sentem o coração como se fosse de gelo, não sentem mais amor a Jesus, perdem a piedade, se sentem condenados. Que desoladora confusão espiritual! Nessas horas a única saída é fechar os olhos e dar as mãos a Jesus para ser guiado por Ele na fé; confiança e abandono, irmão! Só o Senhor sabe o caminho para sairmos deste matagal fechado e escuro.

Deus nos prepara para a contemplação pelas provas passivas, ensinam os santos. Ele as produz e a alma apenas tem que aceitar. É o duro caminho dos que querem a perfeição. Ele está purificando a alma; o Cirurgião Celeste está nos operando a alma. São João da Cruz fala da famosa “noite dos sentidos” cheia de aridez e de provação, um verdadeiro martírio para a alma. Segundo o santo doutor, é Jesus que chama a alma a caminhar com Ele no deserto, mesmo queimando os pés e sendo queimado pelo sol, para se santificar. Calma, alma querida de Deus, Ele faz isso porque o ama muito! O fogo bom não é aquele “fogo de palha”, alto e bonito, mas rápido, que logo se apaga; mas é o fogo baixo que pega na lenha grossa e permanece por muito tempo. O fogo de palha é só para começar…

É isso que está acontecendo; não se assuste; não se preocupe porque o gosto de rezar sumiu e se tornou agora um sacrifício penoso… Fé não é sentimento e muito menos sentimentalismo; fé é adesão, com a mente, a Deus, às Suas verdades e às Suas determinações. Não se preocupe em estar ou não “sentindo” fé ou devoção; apenas viva-a; vá à Missa, ao grupo de oração, ao terço, com ou sem vontade, com ou sem gosto, com ou sem sentimento. Assim, temos mais méritos ainda diante de Deus. Nessa situação talvez você precise de um diretor espiritual, especialmente na Confissão, para uma boa orientação.

Prof. Felipe Aquino

Fonte:

http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12488

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Fé e Política

Os últimos Papas têm convocado os fiéis católicos para participar da política ativamente. Sabemos que a política correta é um meio forte de viver a caridade, pois visa ao bem comum, especialmente dos mais desamparados, doentes, pobres, desabrigados, sem escolas, entre outros. Na comemoração dos 150 anos de unidade da Itália o Papa Bento XVI fez um apelo para que os bispos incentivem os católicos a participar da vida pública. Disse: “A fé, de fato, não é alienação: são outras as experiências que contaminam a dignidade do homem e a qualidade da convivência social”.

O Santo Padre pediu aos bispos que estimulem os fiéis leigos a “vencer todo espírito de fechamento, distração e indiferença, e a participar em primeira pessoa na vida pública”, para construir uma sociedade que respeite plenamente a dignidade humana. Infelizmente criou-se entre nós católicos uma cultura perigosa de se afastar da política por ela ser exercida, muitas vezes, por corruptos e imorais. Ora, sabemos que há a boa política e também a politicagem; o político e o politiqueiro. Não podemos queimar a política por causa da politicagem, temos que afastá-los do poder por meio do voto. A Igreja insiste na participação dos fiéis na política, senão vejamos.

O Concílio Vaticano II declara na “Gaudium et Spes”: "Lembrem-se, portanto, todos os cidadãos ao mesmo tempo do direito e do dever de usar livremente seu voto para promover o bem comum. A Igreja considera digno de louvor e consideração o trabalho daqueles que se dedicam ao bem da coisa pública a serviço dos homens e assumem os trabalhos deste cargo" (GS 75).

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) insiste: CIC §899 - "A iniciativa dos cristãos leigos é particularmente necessária quando se trata de descobrir, de inventar meios para impregnar as realidades sociais, políticas e econômicas com as exigências da doutrina e da vida cristãs. Esta iniciativa é um elemento normal da vida da Igreja".

CIC §2442 - "Não cabe aos pastores da Igreja intervir diretamente na construção política e na organização da vida social. Essa tarefa faz parte da vocação dos fiéis leigos, que agem por própria iniciativa com seus concidadãos. A ação social pode implicar uma pluralidade de caminhos concretos. Terá sempre em vista o bem comum e se conformará com a mensagem evangélica e com a doutrina da Igreja. Cabe aos fiéis leigos "animar as realidades temporais com um zelo cristão e comportar-se como artesãos da paz e da justiça".

Noto que, por exemplo, nos Sites da internet, no Facebook e no Orkut muitos cristãos assumem com orgulho a identidade católica, mas desprezam a política, como se fosse apenas atividade dos maus. O povo precisa aprender a fazer política honesta; e para isso é preciso criar uma cultura sadia. É preciso ensinar o povo a não vender o voto por uma cesta básica, um emprego prometido, o agrado de um candidato, entre outros. Muitos, infelizmente, votam com a barriga ou com o coração, mas não com a consciência.

Esse é o problema do Brasil hoje. Os bons fogem da política e a deixam nas mãos dos maus, com exceções, é claro. Cada cristão está obrigado a esta tarefa

Martin Luther King, aquele importante pastor negro americano que liderou a luta contra o racismo nos Estados Unidos da América, na década de 60, e que foi assassinado por isso, afirmava: “Não tenho medo dos maus, dos violentos, dos corruptos, só tenho medo do silêncio dos bons”.

Felipe Aquino

Fonte:

http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12479

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Transubstanciação a Olho Nu

Nicole Melhado Da Redação, com News.va

O Papa Bento XVI enviou uma bênção à "dileta nação croata", que neste domingo, 4, festejará os 600 anos do Milagre Eucarístico de Ludbreg.

"Sem a Eucaristia não podemos ser verdadeiros cristãos e a própria Igreja não pode edificar-se para a salvação dos homens", diz o Pontífice na carta a qual envia o Cardeal Josef Tomko como seu representante.

História do Milagre Eucarístico de Ludbreg

No ano de 1411, em Ludbreg, um sacerdote foi celebrar uma Missa na capela do castelo dos condes Batthyany, mas quando ele estava consagrando o vinho duvidou que a transubstanciação acontecesse realmente e nesse momento o vinho se transformou em Sangue.

Desde então, o "Milagre Eucarístico de Ludbreg" é objeto de adoração para os fiéis croatas, que ao longo dos séculos foram testemunhas de inúmeras curas.

Congresso Eucarístico em Ancona

Neste sábado, 3, terá início em Ancona, na Itália, o 25º Congresso Eucarístico Nacional, que recordará os 600 anos do Milagre Eucarístico de Ludbreg e refletirá "peso peculiar do Sacramento da Caridade na vida e na obra de todo fiel", como destaca Bento XVI, na carta com a qual nomeia o Cardeal Giovanni Battista seu enviado ao Congresso Eucarístico.

O Congresso que será concluído pelo próprio Papa, no dia 11 de setembro, em visita pastoral a Ancona.

Fonte:

http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=283259