Companheiros de blog e possíveis leitores,
A paz de Jesus e o amor de Maria!
Hoje a missão que me traz aqui é das mais ingratas, mas emocionante.
Considero ingrata porque, por mais que tente, jamais poderei dar-lhes
uma real noção do que foram os 5 dias de Acampamento Revolução Jesus.
Mas bem, na tropa de elite, missão dada é missão cumprida, então vamos
lá:
Devo começar o relato lembrando a vocês que eu tinha um objetivo muito
claro pra esse RVJ. Chegou o
grande dia e lá fui eu, Deus, Nossa Senhora e meu anjo da guarda. E esses foram
os grandes, os maiores amigos que eu poderia ter levado pra esse encontro. Renan Massoto e Marlon Florêncio, não me entendam mal. A companhia dos dois foi indispensável, e agradeço muito por terem ido sozinhos (rsrsrrs). Mas quero ressaltar a cumplicidade do Senhor durante esta semana.
Bem, na quarta-feira, tudo começou com uma pulseira verde. Sim, verde, e
não azul. Peguei minha pulseira e apareceu do nada um ser humano me pedindo pra
trocar de pulseira com ele, pois todos os seus amigos estavam na equipe verde e
ela era a única na equipe azul. Desde esse momento, percebi que a providencia
do Senhor estava sobre nós. Não questionei, não lutei contra. Apenas aceitei o
desígnio.
Quinta feira. Dia de caminhada. Estava bem deslocada, não conhecia
ninguém e queria me enturmar. Passei um dia meio away, não entendia muito bem o
que os obstáculos queriam me dizer. As coisas começaram a mudar na casa. Quando
mexe com a família a coisa começa a ficar séria...
E aí vem o anazopiren! Experiência muito interessante, com certeza! Até
agora tenho as marcas das formigas assassinas residentes do formigueiro que
chutei enquanto andava! rs. Isso me fez perceber não só que havia algo de não
premeditado ali (rs), mas que também, algumas vezes a caminhada dói. Algumas
vezes, inadvertidamente, você vai dar um passo errado e vai doer. E você sequer
vai entender porque Deus te guiou pra lá, mas o fato é que quando chegar a
glória, vai valer a pena. Quando a caminhada chegar ao fim e a graça do Senhor
se derramar em nós, não há mais choro, ou dor, só... paz.
Acho que foi nesse momento que comecei a entender porque Deus quis que
eu fosse àquele lugar sozinha. Conheci pessoas lá, pessoas muito legais, mas a
vida é um caminhar com Deus e com o próximo. E usar a inteligência dos grandes
santos é saber equilibrar essas duas vivências.
Então chegou a sexta feira. E o mundo estava irreconhecível (ou será que
era eu?)! Eu aprendi a partilhar, mas também aprendi a calar. Aprendi que muitas
vezes não é preciso dizer nada, pois Deus está naquele silêncio. E como cada
prova fez sentido! Como o labirinto pelo qual passamos foi tão símbolo de nossa
própria vida. Como a sombra daquela árvore foi tão colo de mãe quanto à própria
virgem Maria! Como Deus continuou a nos providenciar para vivermos juntos
aquilo que ele tinha pra nós! E como escolheu a dedo, cada um ali, para que
derramasse em nós sua graça.
Bem, sexta à tarde e lá estava eu: Suja, estropiada, cansada, e olhando
para um monte ennnooooorrrrmmmmmeeeee que ainda faltava subir. O corpo chorava,
mas o coração ansiava pelo alto. No fim das contas, o coração venceu de lavada!
E como foi bom chegar lá em cima. Você descobre que depois que chega lá no
alto, se vê tudo mais claramente, e o mundo lá embaixo fica tão pequeno!
E meu Deus! O que foi toda aquela lama? Gente, quando a gente pensa que
já está sujo o suficiente, sempre tem um pra te sujar ainda mais! E não é assim
que acontece aqui fora? Mas tudo bem Hiago, já perdoei você! rs. 2 vezes!
rsrsrrs
Depois de tudo aquilo eu já não era mais a mesma. Sabe, diferente de
outros encontros, o RVJ te faz ver como você é átomo diante da grandeza
infindável de Deus. Como você seria um verme, um punhado de lama, se não fosse
por ele. Ali eu percebi como é a realidade do pecado na nossa vida. Gente, Deus
é um amor, mas um amor, mas um amor tão maior, e nós um bando de menininhos
todos enlamaçados! Mas em sua infinita sabedoria, Deus nos faz criaturas
perfeitas, feitas pra amar e, podemos colocar a lama que for por cima, nós
nunca SEREMOS a lama. Deus nos fez pessoas e nos ama de tal maneira que, ao
sermos limpos, nos lembramos quem somos de verdade. Deus nos mostra mais: Nos mostra que se nos quisesse na
lama, tinha nos feito porcos. Mas nos quer sob sua graça e por isso nos fez
homem. Caríssimos, é aí que se entende que nada pode desfazer o que Deus faz.
Que não há pecado que não possa ser lavado por Deus, e que você SEMPRE poderá
ser renovado por seu amor.
Aquela altura a lama externa já não incomodava tanto. Era a interna que doía.
Fomos pro almoço, muito humildes em toda nossa sujeira, mas com uma fé no Deus
Grande, que mal se podia conter.
E foi aí que, finalmente, Deus derramou a graça. E que graça! E como
esperamos e lutamos por ela. Como vencemos cada obstáculo, como nos lançamos em
cada punhado de lama, como superamos limites para que vivêssemos aquela chuva!
Como foi bom ser igreja naquela chuva e deixar o amor de Deus em sua infinita
misericórdia nos lavar por inteiro. Como foi bom colocar na força da voz a
certeza da fé. Como foi bom estar debaixo da misericórdia divina. Agradeço
muito a Deus pela Eliana Sá, que, naquele momento, foi de uma unção sem
limites.
Agradeço muito também por ter ficado na equipe azul. Por ter vivenciado
os dois dias com aquelas pessoas que querem muito a mesma coisa que eu (não é
mesmo Cintya, guria!), que me deram coragem pra seguir em frente sabendo que somo
muitos. Agradeço até mesmo pela ordem que nos foi dada para cada prova, porque
o Senhor usou de grande pedagogia e partiu do simples para o grandioso. E nós
partimos com ele!
Lavados de coração, era a hora da comunhão. Ali particularmente meu
coração ardeu, e olha que nesse dia eu nem comunguei!!!!! Mas ouvir ajoelhada o
"Verbum Panis" me deu uma alegria por ser igreja, corpo de Cristo,
herdeira da salvação e esposa muito amada...
E chega o sábado. O dia reservado a nós pelo beato João Paulo II, diria
eu. Sábado foi completamente inexplicável. Uma oração profunda, mais que isso,
íntima; Adriano, padre Paulo Ricardo, Teologia do Corpo... E a cruz. Já sentiu
que encontrou o sentido da sua vida? Sentiu que não precisava de mais nada na
vida? Foi assim que me senti. Cristo me disse fortemente naquele momento que me
queria ali, aos pés de sua cruz. Ali era o meu lugar. E acolhi aquela verdade
com uma paz e uma alegria... Eu realmente não precisava mais de nada, só ficar
ali, aos pés da cruz de Cristo, como a Chiara Luce que eu carregava na blusa.
As pessoas podiam se levantar e ir pros seus afazeres e casas. Quanto a mim, já
estava em casa. Era aquele meu tudo, ali senti que meu coração estava
profundamente quieto, porque Deus a mim se manifestava.
Após levantar daquele chão, definitivamente já não era mais a mesma.
Naquilo que vivia e temia e naquilo que experimentava de Deus. Tive impressão
que mais do que cura, Deus queria me dar sentido de vida. E como fui advertida
posteriormente: Chega de teorias, entenda o essencial: Deus te ama!
E foi isso... Deus me ama apesar de tudo, Deus me ama apesar de mim.
Deus me fez esse ser humano com natureza tão pobre e fez por amor. Olha pra mim
e se encanta com o que fez. Essa sou eu, limmmiiiitttttaaaddddaaaa que só eu
sei! Mas muito mais amada por Deus!
Amigos, é isso. Eu não sei como se dará esse projeto de cruz, mas sei
que quero abraçá-lo e vive-lo com amor. Esvaziando-me a mim mesma, pois sou
d'Ele e já não me pertenço mais. Em sua divina providência, que me guiou tão
fortemente nesses dias, me ensinou a ter paciência e me dar por inteiro, para
perder o tudo e ganhar o todo!
Aqui quem fala é Cecília. Discípula da cruz. Testemunha de que você pode
não possuir nem o seu próprio intelecto, mas ainda assim ter certeza do tão
grande amor do Senhor na sua vida, que é profundo e fecundo e reside bem abaixo
dessa casca de caos que o circunda. Você é propriedade real. E isso lhe basta!
Findo com Sou de Deus - Ministério Amor e Adoração. Como diz Marlon Florêncio:
desculpe, mas a verdade é essa!
QUEM COMO DEUS?
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