Tradução: Your Body - Seu corpo
Not your body - Não é seu corpo
Not your choice! - Não é sua escolha!
Olá amigos!
O tema de hoje foi definido por uma fotinha dessas de facebook, que desafiou minha capacidade de me manter na caridade (Senhor, dá-me paciência...). Excluindo outras denominações religiosas, ou pessoas sem princípios religiosos, venho falar para os católicos, para que conheçam exatamente a ação do remédio que chamamos de pílula do dia seguinte, para que saibam muito bem sobre o que está se discutindo e tenham a clareza sobre o assunto.
E Já que alguns ainda conseguem ter dúvida, que a ação da pílula do dia seguinte é abortiva, segue o texto (tradução não oficial) da Pontífice Academia pela Vida sobre o remedinho inocente:
PONTIFÍCIA ACADEMIA PARA A VIDA
DECLARAÇÃO SOBRE A CHAMADA
"PÍLULA DO DIA SEGUINTE"
Como é comumente conhecida, a chamada
pílula do dia seguinte recentemente foi posta à venda nas farmácias da Itália.
Ela é um bem-conhecido produto químico (de tipo hormonal) que freqüentemente —
mesmo na semana passada — tinha sido apresentado por muitos da área e pelos
meios de comunicação de massa como um simples contraceptivo ou, mais
precisamente, como um "contraceptivo de emergência", que se usado
dentro de um curto tempo depois de um ato sexual presumivelmente fértil,
deveria unicamente impedir a continuação de uma gravidez indesejada. As reações
críticas inevitáveis daqueles que levantaram sérias dúvidas sobre como esse
produto funciona, em outras palavras, que sua ação não é meramente "contraceptiva",
mas "abortiva", receberam rapidamente a resposta de que tais
preocupações mostravam-se sem fundamento, uma vez que a pílula do dia seguinte
tem um efeito "anti-implantação", deste modo implicitamente sugerindo
uma clara distinção entre o aborto e a intercepção (impedimento da implantação
de um ovo fertilizado, isto é, o embrião, na parede uterina). Considerando que
o uso deste produto diz respeito a bens e valores humanos fundamentais, a ponto
de envolver as origens da própria vida humana, a Pontifícia Academia para a
Vida sente a responsabilidade premente e a necessidade definitiva de oferecer
alguns esclarecimentos e considerações sobre o assunto, reafirmando, além
disso, as já bem conhecidas posições éticas sustentadas por precisos dados
científicos e reforçadas pela Doutrina Católica.
1. A pílula do dia seguinte é um
preparado a base de hormônios (pode conter estrogênio, estrogênio/progestogênio
ou somente progestogênio) que, dentro de e não mais do que 72 horas após um ato
sexual presumivelmente fértil, tem uma função predominantemente
"anti-implantação", isto é, impede que um possível ovo fertilizado
(que é um embrião humano), agora no estágio de blástula de seu desenvolvimento
(cinco a seis dias depois da fertilização) seja implantado na parede uterina
por um processo de alteração da própria parede. O resultado final será assim a
expulsão e a perda desse embrião. Somente se a pílula fosse tomada vários dias
antes do momento da ovulação poderia às vezes agir impedindo a mesma (neste
caso ela funcionaria como um típico "contraceptivo"). De qualquer
forma, a mulher que usa esse tipo de pílula, usa pelo medo de poder estar em
seu período fértil, e assim pretende causar a expulsão de um possível novo
concepto; sobretudo não seria realista pensar que uma mulher, encontrando-se na
situação de querer usar um contraceptivo de emergência, pudesse saber
exatamente e oportunamente seu atual estado de fertilidade.
2. A decisão de usar o termo
"ovo fertilizado" para indicar as fases mais primitivas do desenvolvimento
embrionário não pode de maneira alguma conduzir a uma distinção artificial de
valor entre diferentes momentos do desenvolvimento do mesmo indivíduo humano.
Em outras palavras, se pode ser útil, por razões de descrição científica,
distinguir com termos convencionais (ovo fertilizado, embrião, feto etc.) os
diferentes momentos em um único processo de crescimento, nunca pode ser
legítimo decidir arbitrariamente que o indivíduo humano tem maior ou menor
valor (com a resultante variação da obrigação de protegê-lo) de acordo com seu
estágio de desenvolvimento.
3. É claro, então, que a comprovada
ação "anti-implantação" da pílula do dia seguinte é realmente nada
mais do que um aborto quimicamente induzido. Não é intelectualmente consistente
nem cientificamente justificável dizer que não estamos tratando da mesma coisa.
Além disso, parece suficientemente claro que aqueles que pedem ou oferecem essa
pílula estão buscando a interrupção direta de uma possível gravidez já em
progresso, da mesma forma que no caso do aborto. A gravidez, de fato, começa
com a fertilização e não com a implantação do blastocisto na parede uterina,
que é o que tem sido implicitamente sugerido.
4. Consequentemente, do ponto de
vista ético, a mesma absoluta ilegalidade dos procedimentos abortivos também se
aplica à distribuição, prescrição e uso da pílula do dia seguinte. Todos os
que, compartilhando ou não a intenção, cooperam diretamente com esse
procedimento, são também moralmente responsáveis por ele.
5. Uma outra consideração deveria ser
feita com respeito ao uso da pílula do dia seguinte em relação à aplicação da
Lei 194/78, que na Itália regula as condições e procedimentos para a
interrupção voluntária da gravidez. Dizer que a pílula é um produto
"anti-implantação", em vez de usar o termo mais transparente
"abortivo", torna possível evitar todos os procedimentos obrigatórios
requeridos pela Lei 194 a fim de interromper a gravidez (entrevista prévia,
verificação da gravidez, determinação do estágio de crescimento, tempo para
reflexão etc.), praticando uma forma de aborto que é completamente oculta e não
pode ser registrada por nenhuma instituição. Tudo isso parece, então, estar em
direta contradição com a aplicação da Lei 194, ela mesma contestável.
6. Finalmente, como tais procedimentos
estão-se tornando mais disseminados, nós encorajamos fortemente a todos os que
trabalham nesse setor a fazer uma firme objeção de consciência moral, o que
gerará um testemunho prático e corajoso do valor inalienável da vida humana,
especialmente em vista das novas formas ocultas de agressão contra os mais
fracos e mais indefesos indivíduos, como é o caso de um embrião humano.
Cidade do Vaticano, 31 de outubro de
2000.
Fonte:
http://www.acidigital.com/vida/pilula/aca-vida.htm
Fonte
secundária:
http://www.providaanapolis.org.br/abdiaseg.htm
Aborto tem
um conceito. Mas antes de tê-lo, já era um ato. E não importa o que a ONU diga,
todos os seres humanos sabem muito bem o que significa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário